O que é a acne?
Ela é uma condição de pele conhecida por aquelas espinhas, cravos e nódulos que normalmente associamos com a adolescência por ser muito comum nessa idade. Apesar de raramente trazer algum risco à vida, pode causar muito sofrimento emocional por afetar principalmente o rosto.
A adolescência já é um período em que passamos por muitas transformações físicas e psicológicas típicas dessa fase de transição da infância para a vida adulta. É justamente nessa época em que passamos a prestar mais atenção para a nossa imagem e como a sociedade nos vê.
Juntando isso ao fato que pelo menos 8 de cada 10 adolescentes vão ter acne, é fácil imaginar como isso pode afetar a saúde mental.
Por que ela acontece?
O aumento da produção e acúmulo de sebo, que acontece pelas mudanças nos hormônios da adolescência, uma mudança nas bactérias da nossa pele e a história de outros familiares com a doença são alguns dos fatores que facilitam que ela aconteça, sendo um pouco mais comum nos homens, que costumam ter uma pele mais oleosa.
A história familiar é tão importante que de cada 10 pessoas com acne, 9 delas têm alguém próximo na família que tem ou já teve a mesma doença.
Quais os tipos de acne?
Esse problema de pele é típico da puberdade, mas pode acontecer em outras idades e é importante prestar atenção nisso porque esses tipos diferentes têm tratamentos também diferentes.
- Acne vulgar: o tipo mais comum e é aquele que a gente vê nos adolescentes
- Acne do adulto: pode começar como a acne vulgar, mas continua depois dos 25 anos ou pode até surgir depois dessa idade. Pode ser chamada também de acne da mulher adulta, por ter um tratamento diferente nessas pacientes
- Acne neonatal: acontece nos primeiros 30 dias de vida por passagem de hormônios naturais da mãe e melhora sozinha
- Acne infantil: mais rara e acontece entre 1 mês de vida e os 2 anos de idade, mas também melhora espontaneamente.
Como se trata?
O tratamento é muito importante, não só para melhorar aquelas espinhas e cravos que estão agora na pele, mas também para evitar as cicatrizes que podem acontecer com a demora em tratar corretamente essa doença. Também existem tratamentos para as cicatrizes, mas muitas vezes é preciso combinar mais de um tratamento e é um processo mais lento, por isso tentamos prevenir.
O tratamento passa pela adequação da rotina de cuidados da pele com protetor solar não oleoso, sabonete facial que remova o excesso de sebo, mas não resseque a pele e hidratante leve, se necessário. Além disso, normalmente deixamos receitado algum medicamento na pele do rosto à noite para tratar o problema.
Em alguns casos, quando a acne é mais resistente ou mais intensa, nós precisamos receitar medicamentos para tomar pela boca, o mais conhecido deles é a isotretinoína (comercialmente chamada de Roacutan®). Esses remédios são seguros, eficazes e usados há muitos anos pelos dermatologistas, mas que precisam de uma atenção maior com a realização de exames de sangue periódicos durante o tratamento.
Como prevenir?
Como vimos, a acne tem um fator hormonal e genético muito forte, então é algo difícil de evitar, principalmente na adolescência, mas existem algumas medidas que podem ajudar. Alguns estudos relatam a piora com o consumo de leite e derivados, isso inclui o whey protein, que nada mais é do que a proteína do soro do leite. Então se você observar piora com esses alimentos, melhor diminuir o seu consumo.
Outra medida importante é evitar produtos de pele que sejam oleosos ou que fechem os poros. Dê preferência para produtos não comedogênicos (que não fazem mais cravos) e, se você usa maquiagem, remova adequadamente quando ela não for mais necessária no dia.
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O que você sabe sobre essa outra doença, relativamente comum, e que também atinge jovens?
Fonte: COSTA, A.; ALCHORNE, M. M. DE A.; GOLDSCHMIDT, M. C. B. Fatores etiopatogênicos da acne vulgar. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 83, n. 5, p. 451–459, 1 out. 2008. https://doi.org/10.1590/S0365-05962008000500010
